Aos cinquenta eu dancei para honrar o meu Feminino, mas aprendi que não é a dança, o formato do ritual, adereços que me definem.
A energia é forma, cor, som e movimento....Entrei no fluxo, foi bom, foi leve, até divertido...
Mas eu apenas estive alí e não estou mais...
Marcou uma virada de ciclo, brinquei um tanto, rí outro tanto...segui em frente, a cada tempo, tecendo cada fio de mim...
Tempo depois, uma parte de mim, se foi, meu útero, me dando novamente a luz de renascimento, mas meu feminino não se foi alí, ao contrário, todas as minhas versões anteriores, estiveram sustentando a mudança, mais uma, dentre tantas e vivi o milagre.
Neste movimento de revisitar outros tempos, desfrutar com calma, registros de momentos, num longo diálogo com versões.
E quando eu olho, eu vejo...
Vejo símbolos que me marcam...
Vejo uma espada e uma rosa, uma triskle e uma serpente, vejo a cor de minha preferência...
Vejo mais um perfil dentre tantos meus...
Mas, o que mais vejo, é a Luz do meu peito...
Apesar de tagarela, sou discreta...
Já me chamaram de exibida e eu até chorei...
Quem me vê, sabe de mim...
Eu desnudo a alma, mas não sempre...
Nunca fui artista
Sempre fui do coração para dentro
E o que revelo, é minha pérola...
O que ilumino é o Portal do meu Espírito
Mais um tanto de coragem na maturidade
Exibir que o valor mais profundo está no sentir, mais no que você vê!!
Um Coração Iluminado, um caminho...
Sonia Monteiro
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